História e nós na Pós

Buscar o ontem não é medo de seguir à frente, mas sim, a esperança de compreendê-lo para acertar amanhã.

domingo, 27 de março de 2011

Melancólica Existência

MELANCÓLICA EXISTÊNCIA




Sentado, observo através de uma vidraça não muito transparente, a gotícula da chuva que insiste em cair, como se quisesse ser ouvida, anunciando a sua existência. Ela persiste, perdura mais é ignorada, toca tudo e a todos da forma única que lhe é peculiar.
Ignorada por todos, não desiste. Continua fazendo o que sabe. Cair em desvairada agonia. Busca em sua queda, algo para impedir o inevitável, mas as demais forças da natureza viraram-lhe as costas, como se desnuda estivesse.
Tentando se inocentarem da culpa, os fenômenos seguem por suas trilhas, cumprindo um ritual frio e distante
Solitária e desesperançosa segue por caminhos incógnitos, dantes caminhados, certa das dificuldades que tem por vir, sabendo sobretudo, que serão uma infinidade delas.
Enumerá-las?
Seria uma tarefa sobre-humana, impraticável e, que decerto, nem ao menos amenizaria uma parcela do seu sofrimento.
Não! Não é o sofrimento físico que lhe atormenta, este já não lhe causa estranheza, de tão repetitivos que são. Mas sim, o que de mais cruel fora inventado, pelos que a cercam. Tão insensível quanto desalmada, a indiferença tornou-se fetiche, símbolo da desumanização. Assim, carregando o fardo do desprezo, tenta transpor os múltiplos obstáculos à sua frente.
É uma caminhada lenta, de idas e vindas, sem rumo certo, pois o fortuito é seu companheiro inconteste. Entretanto, na busca de consolo percebe ..., talvez por se sentir uma igual, ou ainda, por ter consigo uma sabedoria inata. Sabedoria esta, cuja escassez nos faz pensar em um fim iminente,... percebe, um ser que lhe é peculiar. Ao olhá-la, identifica suas semelhanças, suas carências, suas angústias, seus temores e seus desejos. É como se olhando, estivesse à um espelho, vendo nele toda sua tristeza sendo refletida.
É ela, que no meio da multidão é mais uma a passar, com sua singularidade e a inobservância de outrem, A CRIANÇA.



Sizica

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Procuras

Procuro na natureza, numa procura incessante
Buscando um olhar, um olhar provocante...
Em alguém diferente, que esteja perto, mesmo que distante.

Procuro na natureza, numa procura incessante
Buscando um caminhar, um caminhar provocante...
Em um alguém diferente, mas humana a todo instante.

Procuro na natureza, numa procura incessante
Buscando um sorrir, um sorriso instigante...
Em um alguém diferente, mas que seja alegre e constante

Procuro na natureza, numa procura incessante
Buscando um falar, um falar provocante...
Em um alguém diferente, porém, sensata e amante

Ah! Procura, tivestes teu fim,
Pois é sabido que ela, corresponde a tudo que buscavas
Sem medo encontrastes aquela que procuravas
Ah! Procura, te sossegas, te aquietas em mim
Procurava na natureza, numa procura incessante.


Alcides da Silveira Vieira
(Sizica)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Chuva

Chove chuva que molha o verde
Que encharca a terra
Que escorre na calha até o alpendre
Que vem forte descendo a serra

Chuva fria com vento sul
Vem deitada varrendo as folhas
Escondendo a imensidão azul
Trazendo água em grandes bolhas

Bate em meu peito esta chuva fria
Querendo algo me dizer
Talvez seja uma alegria
Que esteja a me trazer

Chuva triste que cala o pó
Se mistura com a água do mar
Molha a todos sem pena e sem dó
Fazendo o presente mudar

Choram as nuvens, resisto eu
Pois acredito que não é só sonho
Mas o que dizer desta ausência, meu Deus
Já que quando ela não está, não sei onde me ponho

Vai nuvem com sua negritude
Sopra vento que vem do Norte
Trazendo sua alegria em plenitude
Deixando-me cada vez mais forte

Molhe chuva, molhe o tempo
Molhe as palavras e o pensamento
Molhe a brisa e o forte vento
Molhe tudo, conforme seu intento
Só não molhe meu amor, pois a isto estou atento
Minha Princesa é o tudo, ela é meu alento.



Alcides da Silveira Vieira
(Sizica)

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Novas Tecnologias: um desafio à educação.

As novidades tecnológicas se fazem presente nas diferentes formas de comunicação, mudando efetivamente a forma de receber e transmitir a mensagem. A informação é passada e recebida a distância ou perto, presencial ou não, simultânea ou após. As novas tecnologias contribuem satisfatoriamente para melhor compreensão nos diferentes serviços prestados, quer seja por empresas privadas ou estatais, não podendo ser diferente na educação. Os alunos, nascidos neste período tecnológico, ainda recente, conseguem conviver harmoniosamente com as máquinas e com os desafios apresentados. Por sua vez, o professor, sofre dois grandes males, a saber: o desconhecimento e a resistência. Quanto a isso, somente ele, o professor, poderá superar. De nada adiante ter equipamentos a disposição se quem deve operá-lo nega-se a entender as formas de fazê-lo, ou não lhe é dado suporte técnico. Entretanto, algo de ruim poderá ocorrer com esse profissional da educação. Não, ele não será substituído por uma máquina, mas sim, por outro professor com as habilidades que as novas ferramentas educacionais exigem. Está aí, a preocupação que todos nós educadores devemos estar atentos. O mercado de trabalho está inserido numa sociedade rápida, exigente e mutável, exigindo de todos nós aperfeiçoamento técnico, sob pena de ficarmos esquecidos.
A informação nos chega sob diferentes formas, cabendo na educação, ao professor recepcioná-las e processá-las a fim de que, se possa dar o destino correto aos seus alunos, e daí, vai exigir dele, aperfeiçoamento técnico para diblar e competir com os concorrentes. Não se trata de uma competição, mas sim, de uma exigência do mercado, do tempo, da nova forma de educar e de dar aula. Quando Schaplin, na metade do século passado, protagonizou o personagem central em Tempos Modernos, previu e deu-nos um apanhado geral do que seria o futuro. Máquinas com sistemas e engrenagens até então desconhecidas passaram a fazer parte do cotidiano, exigindo assimilação e rapidez na compreensão do seu funcionamento, caso contrário seria, por ela, engolido. É necessário, que o professor se torne conhecedor e técnico hábil no uso destas ferramentas tecnológicas, para que possa criar um novo vinculo com seus alunos e com seus pares, modificando e assimilando o ambiente de trabalho para que possam contribuir e construir uma nova forma de educar, que atinja os novos parâmetros, sinais dos novos tempos, resultado de uma constante modificação da espécie e das formas de relacionamento.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Trabalho da Pós

 Saindo do cotidiano de uma sala de aula em busca de um local em sintonia com a natureza para aperfeiçoar seus conhecimentos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Entre o Ontem e o Amanhã: O Hoje na Educação

Claramente se percebe a invasão da modernidade nas salas de aulas, da mesma forma, é possível perceber que dois extremos encontram-se no mesmo espaço. Em uma ponta temos uma juventude dinâmica, instintiva, desafiadora e curiosa e, na outra extremidade, profissionais que vivenciaram um convívio recente sem quaisquer das tecnologias atuais. A sala de aula tinha tão somente quadro, giz, cadeira, carteira, lápis, caneta, borracha, caderno e livro. De repente, esse recinto passa por uma transformação inimaginável e, o medo e a relutância tornam-se companheiros daquele soberano na sala. Não querer ver o que está olhando, é sem dúvida, fechar-se para a vida, é a pior das cegueiras. Não podemos achar que o que aí está é único e eterno. A ciência pautada na razão, avança por caminhos dantes desconhecidos, transformando o mundo dos saberes em um emaranhado tecnológico, contendo em sua teias os saberes de outrora. Porém, com uma diferença. Tais saberes podem ser questionados a distância, na presença ou não do seu emissor, de imediato ou a posteriori ... em fim, quando e onde recebedor e emissor quiserem. As mudanças tecnológicas proporcionam ampla e abrangente comunicação.
Entretanto, alguns de nós conseguem vislumbrar o futuro eqüidistante. A estes, que com senso crítico observam o mundo se transformando e dele tiram proveito, conseguem estar neste mesmo mundo incluso. Já o contrário, torna o mesmo homem e mulher, seres excluídos de todo processo, neste caso, educacional. A dependência que ora se cria, cerceia-nos de viver a vida, de usufruir por igual dos meios disponibilizados de comunicação. Temos que tomar por exemplo a visão que tivera Walter Benjamim, o filósofo alemão, ao observar que há “uma espécie de concorrência histórica entre as várias formas de comunicação”. Isto é, temos que ser sabedores de que a tecnologia está em constante modificação e de que seu uso é irreversível. Ao mesmo tempo, temos que tornarmos seres acessíveis as novas formas de comunicação, sob pena de ficarmos esquecidos, já que outros, uma vez que somos diferentes no aprender e fazer, outros estão prontos a substituir aqueles que pararam no tempo e não mais atendem nas necessidades da instituição e dos clientes. Está aí, uma razão para sermos atualizados, ser capacitado exige aprender, um aprender constante, múltiplo e plural, sob pena de ficarmos obsoletos, excluídos do moderno sistema educacional.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010